quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Das maneiras de não se ter amor próprio ou Quando Claudio Neves decidiu amar alguém.

Ela tocou a campainha vacilante.
Ao segundo vacilante toque a amiga n° 2 abriu a porta com uma felicidade estampada no rosto sincera e absoluta, sem pestanejar.
Não demorou 15 minutos e meia cerveja barata e a outra abriu o bico:
"-Sabe aquele dia que eu fui embora da sua casa com o Claudio Neves? E ele foi comigo no mesmo ônibus?"
"-Sei"- respondeu a amiga n° 2, já imaginando do que se tratava.
"-Aconteceu que blablablbalabblablbalbla",disse sem pestanejar a amiga traíra.
Entre um olhar de soslaio e outro de ódio eterno e absoluto, a amiga n° 2 pergunta:
"-Tá, mas mesmo assim você acha que ele ainda me ama?"

quarta-feira, 31 de julho de 2013

amor não é panegírico,amor é réquiem.

o amor é insano, ingrato, peste dos infernos, maldito anedotário de incertezas,
encruzilhada noturna e funesta.
o amor te espera lá fora e te bate.
o amor não vale um vintém.
nem ele
nem eu
nem você
nem ninguém.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

sempre haverá uma nova maneira de existir ou vivre la vie

todo  mundo é tão cheio de opinião
e eu penso que basta reconhecer uma linda manhã, basta avistar a via láctea
basta cantar com emoção uma canção.

mesmo assim todos se precipitam em saber.
eu sei, tu sabes , ele sabe e vós saberás.
basta um pôr do sol, um sorriso... uma risada,  vá lá.
uns tostões no bolso e meia duzia de afetos.
(uma noite de embriaguez,talvez)

sem essa de que é ruim, de que é ineficiente.
sempre haverá alguém latente para uma discussão sobre a arte moderna.
sempre haverá um beijo de consolação.
uma trepada honorável.
um entardecer.
eu e você ...tomando sorvete e fumando cachimbo.