De que adianta toda essa poesia brotando pelos poros,
repetindo 20 vezes a mesma música
Jorrando como ama de leite
De que adianta toda essa abundância prosopopeica se hoje é domingo e você está em outra vibe,
pulverizado por pensamentos que são como bombas de efeito moral,desconcertado, enfiado num terno tão cool
De que adianta toda essa eloquência onírica
se cato moedas nos fundos dos bolsos que estão tão perdidas quanto eu
De que adianta tua polidez,inculco as reticências,na última vez que te vi você não disse que sim nem que não.
De que adianta tanta solidão se o que vem depois é só mais um longo dia quente.
domingo, 5 de abril de 2020
SAFO À BEIRA MAR
Atravesso a cidade como uma flecha
Deixo para infartar mais tarde
Sinto todas as nuances da existência no metrô
Trabalho esse poema
Escorrego no banco e me recomponho
Falta uma estação.
Tenho um celular que funciona e apesar da extração desumana de Silício eu escuto Range Life do Pavement nos meus fones de ouvido (pouco importa)
Vivo no Rio de Janeiro em janeiro de 2020.
Se tudo der certo eu me safo
Se tudo der certo.
Deixo para infartar mais tarde
Sinto todas as nuances da existência no metrô
Trabalho esse poema
Escorrego no banco e me recomponho
Falta uma estação.
Tenho um celular que funciona e apesar da extração desumana de Silício eu escuto Range Life do Pavement nos meus fones de ouvido (pouco importa)
Vivo no Rio de Janeiro em janeiro de 2020.
Se tudo der certo eu me safo
Se tudo der certo.
COACHING LITERÁRIA
Eu sou essa que escreve em qualquer lugar
Usa qualquer coisa pra fazer poesia
Enlouquece na medida do possível
E vive, acima de tudo.
Usa qualquer coisa pra fazer poesia
Enlouquece na medida do possível
E vive, acima de tudo.
sexta-feira, 3 de abril de 2020
REVELAÇÃO VIRAL
Esperávamos um tsunami
Um meteoro
Uma invasão alienígena ou
bolas de fogo.
Quem se importa com os mortos em NY,na Lombardia?
Como estará se protegendo o Bob Dylan na quarentena?
Todos os poetas escrevendo
Os mares purgando
As flores crescendo e os desempregados recentes se jogando de sacadas no 8° andar.
Como estarão os bons (em desespero)
Os maus (em desespero) e os imunizados acima do bem e do mal...
A quantas anda o jornal? Só não fatura mais que os supermercados e as UTIS
Mas vejo da janela o sol que ainda se levanta
E o vento forte que pulsa como antigamente
Algumas coisas se repetem
A mesma cama,o mesmo drama,a mesma gana
De resistir.
Um meteoro
Uma invasão alienígena ou
bolas de fogo.
Quem se importa com os mortos em NY,na Lombardia?
Como estará se protegendo o Bob Dylan na quarentena?
Todos os poetas escrevendo
Os mares purgando
As flores crescendo e os desempregados recentes se jogando de sacadas no 8° andar.
Como estarão os bons (em desespero)
Os maus (em desespero) e os imunizados acima do bem e do mal...
A quantas anda o jornal? Só não fatura mais que os supermercados e as UTIS
Mas vejo da janela o sol que ainda se levanta
E o vento forte que pulsa como antigamente
Algumas coisas se repetem
A mesma cama,o mesmo drama,a mesma gana
De resistir.
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