domingo, 14 de maio de 2017

OLHO DA RUA

Um assombro acompanha as liquidações na avenida central...
luminosos acendem duvidas cruciais e cruéis,
são como esfinges que estimulam a decifrar seus enigmas
(Óh senhor que reina absoluto sobre os mundos extra e intra sensoriais dos prédios de concreto,
ocupe a terra com militantes bem intencionados e não com esses lobos fantasiados de cordeiros)
as esquinas escancaram o medo de cada um.
na noite escura retumbante, meu coração bate sincopado com medo de ser assaltado
no ângulo formado por duas ruas, uma marquise cai, alguém é atropelado.
na noite insone de quebrada, a raiva dá e passa
a sorte te abandona e as baratas correm tortas pelo meio da rua
fio da calçada,fio da navalha
a vida rindo da sua cara.
você semi morto abduzido pelas luzes de neon,
pela ultima moda,
pelas palavras doces daquele rapaz de chapéu e sorriso largo ...
tudo vai te iludindo..
na calçada dura, de desejo de loucura,
desespero e assombração
o cheiro do incenso se mistura ao do chorume,
mas nada sob a lua passe impune,
pouco recato mas muita solidão
na noite tensa, passada ou futura
carne fraca carne fresca carne crua
dura, é a certeza de que todos são transeuntes.

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