sábado, 21 de setembro de 2019

CORAÇÕES VULNERÁVEIS

Tanta solidão e tanto desejo
Tanta disposição e tanta gente necessitada de ajuda
Tanto vicio e tanta virtude
Cato os cacos da vida,
vidros letais que me mordem os pés
Dias fatais que me comen as unhas
Tanta angústia e ao mesmo tempo tanta satisfação
Chove a cântaros nessa cidade cheia de gente e vazia de calor humano
Da janela torres,pássaros e água,lavando a alma de tanta ânsia de liberdade
Na cidade,espelho circunflexo,meu reflexo
Tanta mudança e tanta rotina
Abro a cortina...da rua escuto passos.
Não são os seus,que agora estalam outras calçadas
Nossas madrugadas,mostraram-se com o tempo vazias de novidade e entendimento
Tanto desertar e tanto pertencimento
Escuto a 6° de Beethoven e descubro,como Kerouac,que não nasci pra ser atleta, vendedora,corretora,professora.Nasci pra ser Beethoven
Ser Di Prima e criar com os beats a religião definitiva que reunirá poesia e misticismo,reverenciará Dostoievski e outros deuses
Tantas vezes acordei com esse sentimento lento,meio dor meio descontentamento
Tantas outras dediquei-me a jorrar em teus braços,menino
Agora tanto desatino
Tanto tenho para esquecer
Mas assim que amanhecer,terei luz e santidade
Na cidade,guardiã dos nossos pensamentos,
sopra o vento
Único companheiro dos que possuem um coração vulnerável.

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