Quando partisses,ficou melhor minha literatura
Essa altura,eu já fazia coelhos em dobradura de papel
Nâo enxergo mais à noite como enxergava antes
a visão turva
espreito de esguelha as capas do livros,dos discos e esse teu descanso de copo dos Beatles
Os dias passaram e agora chegamos aqui nessa manhã sebosa,indie rock e nostalgia
Minha literatura dura,assim também teu membro rijo outrora na aurora,big bang de prazeres,todos finitos.
Tua filosofia não explica em fotos 3x4 nossa iconografia.
será que existe alguma foto nossa? Eu que não me ligo em tecnologia e você que nunca pensou em me fotografar
Por este bar,passamos outras vezes,simbolismos que permeiam a vida.entretenimentos com uma nova edição do velho Ginsberg,com uma nova canção da Madona e pilulas novas de contenção.
Mas o espirito não se contém,corre solto as madrugadas,dilacera o casulo,pega o coelho,o coelho num pulo.O coelho à beira da nossa estrada.Estribilho,dormência de emoções.Temos todas as razões mas não damos fim ao caos porque é o caos que norteia o vórtex.
Tóxicos já não mais nos entretêm.Caindo sem escalas no túnel do niilismo.
-Viver todos esses poetas,esses outros poetas,na minha própria pele-
Nada mais faz sentido,se foi-se o seu amor,foi-se só mais um,irão-se todos.
Mas minha literatura ficará melhor e em minha sepultura (morte que flerta) grandes girassóis e honrosas palavras.
sábado, 21 de setembro de 2019
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